setembro 28, 2010

Ciclo de Outubro: Escola Austríaca

ECONOMIA E FILOSOFIA: Conheça um grupo de pensadores que deram uma abordagem inovadora à ciência econômica!

ESTUDOS HUMANISTAS apresenta:
ESCOLA AUSTRÍACA


Os “austríacos” surgiram em 1871, como uma escola de pensamento econômico, mas só ganharam notoriedade depois da II Guerra Mundial, quando seus principais acadêmicos começaram a lecionar nos Estados Unidos. Propõem uma forma heterodoxa de analisar a Economia, enfatizando a lógica e a interdisciplinaridade com a ciência política, a sociologia e a psicologia. Tiveram papel fundamental no renascimento do Liberalismo, nos últimos 40 anos.

COLÓQUIOS: Discussões informais e descontraídas, com o intuito de despertar o interesse e a reflexão sobre os mais diversos assuntos. Local e horário: Café Senhoritas (CLN 408), às 20h.
4/10: Carl Menger, o fundador da Escola Austríaca
11/10: Joseph Schumpeter e uma visão alternativa sobre Imperialismo
18/10: Murray Rothbard e a Ética da Liberdade

GRUPO DE ESTUDOS: Com uma carga de leitura definida, priorizam uma análise mais aprofundada dos autores discutidos. Os textos estarão disponíveis no blog e na pasta 11 da Xerox do CADIR (FA).
Local e horário: Sala de Reuniões do IPOL (FA), às 15h.
1º/10: “Ação Humana” (Ludwig Von Mises), parte 1: categorias básicas, epistemologia e o que é o mercado
Sugestão de leitura: Introdução, Capítulos 1 (“O agente homem”), 2 (“Os problemas epistemológicos da ciência da ação humana”), 3 (“A economia e a revolta contra a razão”), 7 (“Ação no mundo” – somente o sub-capítulo “O gênio criador”), 9 (“O papel das idéias”) e 15 (“O mercado”).
15/10: “Ação Humana” (Ludwig Von Mises), parte 2: cálculo econômico, a impossibilidade do socialismo, os problemas do intervencionismo.
Sugestão de leitura: Capítulos 19 (“A taxa de juros”), 20 (“O juro, a expansão de crédito e o ciclo econômico”), 25 (“A construção imaginária de uma sociedade socialista”),26 (“A impossibilidade do cálculo econômico no sistema socialista”), 27 (“O governo e o mercado”), 35 (“Estado provedor versus mercado”), 36 (“A crise do intervencionismo”) e 38 (“A importância do estudo da economia”).
22/10: “A Sociedade Aberta e seus Inimigos” (Karl Popper): o legado totalitário das filosofias de Hegel e Marx.
Sugestão de leitura: a definir (será divulgado no blog).

PALESTRAS: Eventos em parceria com departamentos acadêmicos e organizações da sociedade civil.
8/10: “Liberdade na Estrada”: estamos apoiando uma palestra organizada pela ONG Ordem Livre, com a participação dos professores Carlos Pio, Diogo Costa e Bruno Garschagen. Local: Auditório Joaquim Nabuco (FA), às 14h30.

setembro 13, 2010

O que é o GEH

O projeto Estudos Humanistas surgiu em Janeiro de 2010. Inicialmente realizamos semanalmente vários colóquios culturais, onde podíamos discutir, de forma lúdica, diversos clássicos do pensamento político, econômico, literário e filosófico.
A partir de Março decidimos ampliar a proposta do nosso grupo criando também um grupo de Estudos. Já com um cronograma de atividades e diversas iniciativas que foram se acrescentando aos colóquios e ao Grupo de Estudos, fomos aprovados pelo Edital PiBeX 2010 como projeto de Extensão da UnB.

No momento contamos com o trabalho contínuo de seis estudantes, trabalhando em três frentes:
1 – Colóquios, que envolvem leituras, resumo das obras, seleção de temas para explorar em debates, bem como divulgação;
2 – Grupo de Estudos, que visam a promover uma maior interação entre os estudantes de Humanidades através da leitura de textos clássicos;
3 – Palestras, conferências e mesas redondas, que consideramos um espaço privilegiado para o aprendizado e o embate entre idéias. Assim podemos levar o conhecimento produzido na Universidade para um grupo muito mais amplo, sempre procurando trazer acadêmicos de áreas diferentes (ex.: professores do IPOL, ECO e REL na palestra sobre Teoria da Justiça).

Cada um desses três trabalhos contribui, à sua maneira, para a concretização de nosso objetivo maior: redesenhar comunidades e romper tradicionais fronteiras do conhecimento.
A proposta do GEH é mostrar o caráter multidisciplinar das obras clássicas, as quais servem de subsídio e inspiração para diversas áreas do conhecimento. Como a participação em nossos eventos é voluntária e os temas e obras são variados, cada um pode se aprofundar apenas naquilo que mais lhe interessa. Tentar mostrar a utilidade geral de obras tidas apenas como cânones de alguma ciência humana ou social, tem sido, um de nossos principais desafios.
Nosso objetivo central é despertar o interesse por obras clássicas das humanidades. Neste ano nos propomos a explorar as conexões entre a Filosofia Política, a Teoria Econômica, a Literatura e a Sociologia para a compreensão da Liberdade, suas diversas definições, os desafios que se colocam em seu desfrute e seu preço.
Neste segundo semestre, por meio da adaptação de algumas de nossas atividades em colégios de ensino médio, pretendemos testar novas formas de atrair o interesse dos alunos por obras que serão cobradas nos vestibulares da UnB. Esperamos aumentar o interesse pela leitura, não apenas a leitura obrigatória cobrada pelo colégio ou pelo vestibular, mas, sobretudo a leitura guiada pelas aptidões individuais. É nesse sentido que oferecermos um vasto leque de obras, eventos e dinâmicas pedagógicas. Inicialmente, faremos discussões e debates sobre as obras filosóficas que são cobradas no PAS. A longo prazo, no entanto, pretendemos fomentar clubes de leitura para a comunidade.
A cada dia procuramos também ampliar nosso público, atraindo pessoas que já não estão mais nem no colégio, nem na Universidade. Muitos destes foram privados de uma formação humanista e outros até tiveram, mas precisaram se distanciar de discussões interdisciplinares sobre problemas perenes nas sociedades e nos indivíduos. A estes tentamos oferecer os colóquios, que são momentos lúdicos de aprendizado, e deles recebemos perguntas e opiniões que fogem bastante daquilo que encontramos na academia.
Este é o projeto de Estudos Humanistas. Uma proposta inovadora de ensino, pesquisa e extensão com pretensões ambiciosas (quem sabe, uma “bildung” [formação ampla]), porém arriscadas. Assim como os clássicos que estudamos, o Projeto de Estudos Humanistas se entrega ao penoso teste do tempo. Unindo áreas de conhecimento, promovendo o diálogo entre épocas e despertando interesses desconhecidos, buscamos fomentar uma cultura de independência intelectual, liberdade, pluralidade e tolerância.

(Por Kaio Felipe e Saulo Said)